Uma vez fui vista na minha melhor versão. É difícil saber se fui essa pessoa ou se foi um par de lentes que viu o que antes eu só conseguia projetar em minha mente. É difícil saber se ainda posso sê-la, ou se só fui por um breve momento. Por fim, é bom saber que essa eu existiu em algum momento, e que essas lentes existiram também.
O que quero dizer é que já fui vista exatamente como me via. E que eu também o vi brilhando.
Não posso ser ingrata com todas as minhas bençãos. Ao mesmo tempo, não consigo evitar me assombrar com memórias reais e inventadas sobre quem já fui, quem quero ser, quem escondo de mim mesma e quem você vê em mim.